O nome do blog é referência, claro, ao local onde me encontro, Perth, WA. Se toda a peregrinação não me trouxe ao fim do mundo, eu desisto! Não quero saber onde é, não imagino nada mais longe. E, acho que fiquei/ tenho ficado tanto tempo aqui, mais para me recuperar do cansaço, do que por qualquer outra coisa! (Se algum"Não Baiano" ler vai logo falar: É por isso que dizem que Baiano é preguiçoso....) Hehehe! Me senti o Rubinho Barrichelo disputando uma corrida: "Mas esse troço não acaba nunca? Aposto que todo mundo já chegou"....Mas, de verdade, só de pensar em fazer tudo de novo meu estômago revira. Enfim, vou relatar o que me lembro, com os peculiares episódios da referida peregrinação.
Primeira etapa: como minha família fez a gentileza de espalhar-se pelo Brasil, tive que saracutear pela Pátria Amada até deixá-la em definitivo. Ao sair de Salvador, o primeiro pit stop foi em Brasília. Fui dar tchau ao povo e conhecer alguns novos babies que a família de hamsters havia trazido ao mundo.
De Brasília segui para Franca (SP). Fracamente, nada pra fazer por lá a não ser dar tchau a outra parte da família e a minha avó Mariana, ou Fratura, para os íntimos, que é nômade. E ela nem mora lá mais. Muito parada a cidade para uma figura de seus 90 e tralalá....
Feito isto, segui para São Paulo, de onde partia o avião com destino à Austrália, fiquei lá alguns dias também....De Sampa embarquei num avião da Lan Chile com destino a Santiago (Chile). A rota do avião é ao contrário, se olharmos a perspectiva de sempre do mapa, ele vai por trás do Globo....No Chile eu aproveitei para parar também, né? Claro, já estava cansada. Onde o avião parar eu desço. E por lá fiquei 4 dias. Visitei Santiago, Viña Del Mar e ValParaíso. Vale a pena conhecer pra quem tiver oportunidade. Muito lindo o país, uma cara bem diferente do Brasil. E foi lá que vi neve pela primeira vez...e, como primeira vez, não apenas vi, como rolei, botei na boca, chutei e joguei nos outros (sem duplo sentido nessa parte, viu Senra?!)
No Chile peguei um imponente avião da Qantas, aquela mesma, cujo símbolo é um canguru. Ela e a Lan Chile fazem parte do mesmo grupo. Sentei nas poltronas da janela, eu e Debi, amiga que veio comigo. Na verdade ela roubou meu lugar na janela e me jogou na poltrona do meio. Fiquei angustiada com medo de alguém sentar no corredor e eu viajar aquilo tudo espremida. A sorte é que o vôo não estava lotado. Quando as luzes foram apagadas, a bonitinha, não satisfeita com o fato de ter roubado minha vista do mundo, me enxotou com os pés corredor a fora. "Vá batalhar por um espaço que o vôo não está cheio e EU quero esticar as canelas". Depois dessa, só me restava sair, né? Ao lado tinha uma Kamikaze, acho que chinesa, toda esguia na cadeira. Pensei: "Beleza, asiático dorme sentado assim, na postura, e eu pego as três poltronas". (O avião é dividido no 3/4/3). Mera ilusão. Quando pisquei a figura já tinha escorregado nas 4 poltronas e dormia feito lagartixa no sol. Peguei meu cobertor e fui zanzar em busca de um espaço. Mais adiante achei onde me esticar. Duas poltronas. Deitei e só acordei para comer, claro! Saí de Santiago eram 22:45 de 20 de agosto de 2007. Cheguei em Auckland quase 18:20m depois, e eram 07:00 da manhã de 22 de agosto. Viajei, para mim, umas 3.500 horas. O angustiante é que o avião sai do Chile a noite. E, depois de dormir horrores, vc olha pela janela e ainda está noite, mas já do outro dia. Não clareia nunca, até o avião aproximar-se de Auckanld, Nova Zelandia, onde lá fui eu parar novamente. Estava morta e perdida. Lá não saí do aeroporto. Foi apenas o tempo de checagem de passaportes na imigração e depois de volta para o avião. Em Auckland senti o peso na América do Sul nas costas pela primeira vez. “Quem tem passaporte azul vem para essa fila, o resto a fila é aquela…..lotada, claro!
Cansados? Imaginem eu. De Auckland pra Sydney foram mais 5 horas. Desembarcamos em Sydney (Eu e Debi), fomos pegar as bagagens para pular pra outro avião com destino a Perth. As bagagens, como sempre, demoraram muito tempo para rodar. Pegamos tudo, mas faltava a sombrinha de D. Débora. Na verdade um troço maior que um sombreiro (mais para bater em alguém do que pra qq outra coisa), que ela carregou desde Salvador e que não chegou. E lá vai ela esperar e querer brigar por causa da bendita sombrinha. Eu não tinha forças nem pra falar meu nome, arrastei ela, que veio resmungando e lamentando a enorme perda. Paciência. A fila da imigração era quilometrica, e o aeroporto gigante. Nessa brincadeira passaram-se mais de 2 horas e nós perdemos o vôo Sydney-Perth. Quando chegamos ao local onde estavam os terminais das empresas, achei que tivesse descido na China ou algum país Asiático, tamanho era o número de olhinhos puxados tagarelando por todo lado. Pensei “To lascada, vou morrer aqui..ninguém vai me entender, ninguém vai me achar, vou morar nesse aerporto”. Mas era Sydney, e apenas a primera amostra da quantidade de asiáticos que moram e passeiam por aqui. Fomos ao balcão da Qantas explicar, num inglês gestual e de índio que tínhamos perdido o vôo. Depois de muitos desenhos e explicações, a mulher remarcou a gente para o próximo vôo que partia para Perth em cerca de 1.30. É mole? Pra completar, porque desgraça pouca é bobagem, o vôo não era direto, tinha escala em Melboune!!!!! Pegamos outra fila para desparchar as bagagens, depois um onibus do aeroporto internacional pro domestic, depois o vôo.
Ao finalmente aterrisar em Perth, depois de mais 5h30 atravessando o país de ponta a ponta, estou pegando minhas bagagens, alegre e contente, quando ouço meu nome ser anunciado no sistema de som do aeroporto. Falei com Debi, sou eu, estão me chamando. E ela, é nada! Queta! E a mulher repetindo insistentemente meu nome, com o sotaque triste. Lá fui correr pelo aeroporto descobrir onde estava a mulher e que diabos queria comigo. Fui parar no terminal de bagagens da Qantas. Estavam me chamando para avisar que uma das minhas malas havia chegado mais cedo e que iriam colocá-la na esteira ONDE EU ESTAVA! Foi isso!
Primeira etapa: como minha família fez a gentileza de espalhar-se pelo Brasil, tive que saracutear pela Pátria Amada até deixá-la em definitivo. Ao sair de Salvador, o primeiro pit stop foi em Brasília. Fui dar tchau ao povo e conhecer alguns novos babies que a família de hamsters havia trazido ao mundo.
De Brasília segui para Franca (SP). Fracamente, nada pra fazer por lá a não ser dar tchau a outra parte da família e a minha avó Mariana, ou Fratura, para os íntimos, que é nômade. E ela nem mora lá mais. Muito parada a cidade para uma figura de seus 90 e tralalá....
Feito isto, segui para São Paulo, de onde partia o avião com destino à Austrália, fiquei lá alguns dias também....De Sampa embarquei num avião da Lan Chile com destino a Santiago (Chile). A rota do avião é ao contrário, se olharmos a perspectiva de sempre do mapa, ele vai por trás do Globo....No Chile eu aproveitei para parar também, né? Claro, já estava cansada. Onde o avião parar eu desço. E por lá fiquei 4 dias. Visitei Santiago, Viña Del Mar e ValParaíso. Vale a pena conhecer pra quem tiver oportunidade. Muito lindo o país, uma cara bem diferente do Brasil. E foi lá que vi neve pela primeira vez...e, como primeira vez, não apenas vi, como rolei, botei na boca, chutei e joguei nos outros (sem duplo sentido nessa parte, viu Senra?!)
No Chile peguei um imponente avião da Qantas, aquela mesma, cujo símbolo é um canguru. Ela e a Lan Chile fazem parte do mesmo grupo. Sentei nas poltronas da janela, eu e Debi, amiga que veio comigo. Na verdade ela roubou meu lugar na janela e me jogou na poltrona do meio. Fiquei angustiada com medo de alguém sentar no corredor e eu viajar aquilo tudo espremida. A sorte é que o vôo não estava lotado. Quando as luzes foram apagadas, a bonitinha, não satisfeita com o fato de ter roubado minha vista do mundo, me enxotou com os pés corredor a fora. "Vá batalhar por um espaço que o vôo não está cheio e EU quero esticar as canelas". Depois dessa, só me restava sair, né? Ao lado tinha uma Kamikaze, acho que chinesa, toda esguia na cadeira. Pensei: "Beleza, asiático dorme sentado assim, na postura, e eu pego as três poltronas". (O avião é dividido no 3/4/3). Mera ilusão. Quando pisquei a figura já tinha escorregado nas 4 poltronas e dormia feito lagartixa no sol. Peguei meu cobertor e fui zanzar em busca de um espaço. Mais adiante achei onde me esticar. Duas poltronas. Deitei e só acordei para comer, claro! Saí de Santiago eram 22:45 de 20 de agosto de 2007. Cheguei em Auckland quase 18:20m depois, e eram 07:00 da manhã de 22 de agosto. Viajei, para mim, umas 3.500 horas. O angustiante é que o avião sai do Chile a noite. E, depois de dormir horrores, vc olha pela janela e ainda está noite, mas já do outro dia. Não clareia nunca, até o avião aproximar-se de Auckanld, Nova Zelandia, onde lá fui eu parar novamente. Estava morta e perdida. Lá não saí do aeroporto. Foi apenas o tempo de checagem de passaportes na imigração e depois de volta para o avião. Em Auckland senti o peso na América do Sul nas costas pela primeira vez. “Quem tem passaporte azul vem para essa fila, o resto a fila é aquela…..lotada, claro!
Cansados? Imaginem eu. De Auckland pra Sydney foram mais 5 horas. Desembarcamos em Sydney (Eu e Debi), fomos pegar as bagagens para pular pra outro avião com destino a Perth. As bagagens, como sempre, demoraram muito tempo para rodar. Pegamos tudo, mas faltava a sombrinha de D. Débora. Na verdade um troço maior que um sombreiro (mais para bater em alguém do que pra qq outra coisa), que ela carregou desde Salvador e que não chegou. E lá vai ela esperar e querer brigar por causa da bendita sombrinha. Eu não tinha forças nem pra falar meu nome, arrastei ela, que veio resmungando e lamentando a enorme perda. Paciência. A fila da imigração era quilometrica, e o aeroporto gigante. Nessa brincadeira passaram-se mais de 2 horas e nós perdemos o vôo Sydney-Perth. Quando chegamos ao local onde estavam os terminais das empresas, achei que tivesse descido na China ou algum país Asiático, tamanho era o número de olhinhos puxados tagarelando por todo lado. Pensei “To lascada, vou morrer aqui..ninguém vai me entender, ninguém vai me achar, vou morar nesse aerporto”. Mas era Sydney, e apenas a primera amostra da quantidade de asiáticos que moram e passeiam por aqui. Fomos ao balcão da Qantas explicar, num inglês gestual e de índio que tínhamos perdido o vôo. Depois de muitos desenhos e explicações, a mulher remarcou a gente para o próximo vôo que partia para Perth em cerca de 1.30. É mole? Pra completar, porque desgraça pouca é bobagem, o vôo não era direto, tinha escala em Melboune!!!!! Pegamos outra fila para desparchar as bagagens, depois um onibus do aeroporto internacional pro domestic, depois o vôo.
Ao finalmente aterrisar em Perth, depois de mais 5h30 atravessando o país de ponta a ponta, estou pegando minhas bagagens, alegre e contente, quando ouço meu nome ser anunciado no sistema de som do aeroporto. Falei com Debi, sou eu, estão me chamando. E ela, é nada! Queta! E a mulher repetindo insistentemente meu nome, com o sotaque triste. Lá fui correr pelo aeroporto descobrir onde estava a mulher e que diabos queria comigo. Fui parar no terminal de bagagens da Qantas. Estavam me chamando para avisar que uma das minhas malas havia chegado mais cedo e que iriam colocá-la na esteira ONDE EU ESTAVA! Foi isso!
Daí peguei um transfer e cheguei na casa da Mamma Mia Save Water! E ela, com um sorriso que exibia uns 3 ou 4 dentes, me disse que já tinha uns 2 dias esperando a minha chegada, e questionou pq demorei tanto! E eu pensei, "pq eu quis, o Brasil é logo ali"...ninguém merece! Completamente morta, com fome de feijão (depois de milhares de quentinhas amostra grátis de avião), só queria um bom banho, e dormir....apaguei! É assim que a gente se adapta ao fuso (de 11h). Chega tão cansado que só dorme, aí o corpo se acostuma...
Depois de tudo, acreditava que o pior tinha passado, doce ilusão….mas as outras vivências ficam pra depois. Esse percurso é tão surreal por si só que nem preciso aumentar nada para firular….
5 comentários:
Com minha 'coragem' de baiano não teria enfrentado nem a metade dessa via crucis. Salvador-Recife-Porto-Lisboa foi 'mamão com açucar'. Portugal é logo ali.
Esperamos ansiosos os próximos capítulos da saga "Camilêta caça cangurus".
Tadinha da bichinha gente....
Uma coisa que seus filhos ñ vão poder reclamar é que a mãe ñ tem historia pra contar....uahuahuahhua!
Esperamos ansiosos os próximos capítulos da saga [2]
A maldade tá na SUA cabeça!! hahaha Rei, depois de tudo isso, agora entendo por quê você não saiu desse fim de mundo ainda. Love You!
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