Cosmopolita. Esse adjetivo, de muitos outros, talvez seja o que melhor descreve a Australia. Trata-se, sem dúvidas, de um país cosmopolita, multicultural como eles definem. E a visão não poderia ser diferente se for considerado o fato de que, por ano, em media 150 mil pessoas vindas de mais de 185 países migram para a Austrália, em definitivo.
A equipe de um restaurante local, o Italiano “La Bruschetta”, pode descrever bem isso. O dono é do Sri Lanka, o chefe da Inglaterra, o pizzaiolo Italiano e os garcons da China, Colombia e um, apenas um, é Australiano. Uma verdadeira Torre de Babel. E assim é em todo o país. Uma verdadeira invasão de povos buscando melhores condições de vida. Num ônibus ou metrô ouve-se coreano, japonês, português, espanhol, alemão e várias outras línguas impossíveis de identificar, com a mesma frequência que o inglês.
Este imenso pedaço de terra, praticamente entre o nada e o lugar nenhum, oferece qualidade de vida, segurança, emprego e demanda por mão de obra. Isso atrai gente de todas as partes, pessoas que enxergam neste destino uma nova oportunidade. Com uma dimensão territorial semelhante à do Brasil e cerca de apenas 15% da população brasileira, a terra do canguru oferece boas chances para quem é qualificado e quer mudar de norte. O fato de ser um país cuja economia está crescendo e se fortalecendo, torna a Austrália bastante atrativa, principalmente entre seus vizinhos asiáticos. E muitos são países com pobrezas que nos são bastante familiar, além de alguns terem sido devastados por desastres naturais, como o Tsunami. Neste grupo estão Indonésia, Singapura, Tailandia, dentre outros,
Além de asiáticos, a Austrália recebe muitos africanos. Aqui são oferecidos planos de “adoção” a refugiados de países devastados por guerras civis ou em extrema situação de pobreza. Algo como “Venham e recomecem suas vidas”. Sudão, Somália, Gana, Serra Leoa, Congo, Namíbia, todos têm seus representantes recomeçando suas vidas na Austrália.
O processo de imigração australiano começou a ganhar força durante a Segunda Guerra Mundial. Assim como o Brasil, este foi o destino de famílias que conseguiram fugir da Guerra no salve-se quem puder. Naquele periodo, o governo australiano clamava por gente. O país precisava de mão de obra, necessitava ser povoado. Então, fez acordo com países como a Inglaterra (país que a colonizou), França, Estados Unidos, Noruega, Holanda, Itália, dentre outros, oferecendo transporte, acomodação, ajudas de custo, aulas de ingles, e muitos outros atrativos para quem se aventurasse a desbravar essas terras.
A equipe de um restaurante local, o Italiano “La Bruschetta”, pode descrever bem isso. O dono é do Sri Lanka, o chefe da Inglaterra, o pizzaiolo Italiano e os garcons da China, Colombia e um, apenas um, é Australiano. Uma verdadeira Torre de Babel. E assim é em todo o país. Uma verdadeira invasão de povos buscando melhores condições de vida. Num ônibus ou metrô ouve-se coreano, japonês, português, espanhol, alemão e várias outras línguas impossíveis de identificar, com a mesma frequência que o inglês.
Este imenso pedaço de terra, praticamente entre o nada e o lugar nenhum, oferece qualidade de vida, segurança, emprego e demanda por mão de obra. Isso atrai gente de todas as partes, pessoas que enxergam neste destino uma nova oportunidade. Com uma dimensão territorial semelhante à do Brasil e cerca de apenas 15% da população brasileira, a terra do canguru oferece boas chances para quem é qualificado e quer mudar de norte. O fato de ser um país cuja economia está crescendo e se fortalecendo, torna a Austrália bastante atrativa, principalmente entre seus vizinhos asiáticos. E muitos são países com pobrezas que nos são bastante familiar, além de alguns terem sido devastados por desastres naturais, como o Tsunami. Neste grupo estão Indonésia, Singapura, Tailandia, dentre outros,
Além de asiáticos, a Austrália recebe muitos africanos. Aqui são oferecidos planos de “adoção” a refugiados de países devastados por guerras civis ou em extrema situação de pobreza. Algo como “Venham e recomecem suas vidas”. Sudão, Somália, Gana, Serra Leoa, Congo, Namíbia, todos têm seus representantes recomeçando suas vidas na Austrália.
O processo de imigração australiano começou a ganhar força durante a Segunda Guerra Mundial. Assim como o Brasil, este foi o destino de famílias que conseguiram fugir da Guerra no salve-se quem puder. Naquele periodo, o governo australiano clamava por gente. O país precisava de mão de obra, necessitava ser povoado. Então, fez acordo com países como a Inglaterra (país que a colonizou), França, Estados Unidos, Noruega, Holanda, Itália, dentre outros, oferecendo transporte, acomodação, ajudas de custo, aulas de ingles, e muitos outros atrativos para quem se aventurasse a desbravar essas terras.
Lembram da Mamma Mia, minha hostfamily no primeiro mês? Pois é, fugiu da Guerra grávida, junto com o marido e um filho bebê. Recebeu todas as regalias para que não quisesse voltar. Deu certo! Lá se vão mais de 50 anos. Atualmente o processo não é mais tão simples assim. A procura está crescendo muito e as portas começam a se estreitar. O critério para a concessão de visto mudou, torna-se mais rigoroso a cada dia.
Agora eles perguntam aos aspirantes e e se perguntam: porque você é interessante para mim? Os qualificados e que se encaixam na imensa a lista de profissões em demanda, como engenharia, arquitetura, odontologia, fisioterapia, medicina, dentre outras, têm prioridade e ainda são bem vindos. Mas os outros, que querem apenas uma nova chance, esses têm que esperar.
Um outro ponto que tem forçado o governo a rever a política de concessão de visto permanente e de cidadão a torto e a direita é a objeção do australiano a isso tudo. Sentimentos de nativos contra imigrantes que hoje são fortes nos Estados Unidos e França, por exemplo, ainda são tímidos aqui, mas começam a surgir. Recentemente vi um adesivo num carro: “Fuck off, we are full!”, eles começam a demonstrar, mesmo que ainda timidamente, insatisfação com essa vinda indiscrimidada de gente de todos os cantos. O que fortalece isso é o fato de que muitos vistos de cidadania estavam sendo concedidos a pessoas que sequer falam inglês. Se, inicialmente os australianos mostravam-se condecesdentes e receptivos, a coisa tente a mudar. Ainda são receptivos e hospitaleiros, pois sabem da necessidade do país, mas….são muitas diferenças culturais, religiosas, políticas e de crenças convivendo juntas. Se continuar a dar certo é uma maravilha!
Outro ponto interessante é o sentimento dos filhos desses imigrantes com relação à Australia. Pablo, filho da pernambucana Marta Costa, que mora aqui há nove anos, nasceu no Brasil, mas chegou à Austrália ainda bebê, é cidadão australiano, fala português com sotaque de gringo. Entretanto, chamá-lo de australiano é uma ofensa. “Sou brasileiro”, essa é a resposta afiada! “Não sou desse país”. Este é um sentimento comum entre as crianças e jovens que chegaram aqui pequenas ou nasceram aqui, mas têm suas referências ligadas a outros países. O libanês Maher Rohanna, gerente de uma pizzeria, tem sete filhos, todos nascidos na Austrália. Mas, nenhum deles considera-se australiano. Todos apresentam-se como libaneses, e só. Como se estivessem aqui apenas de passagem. Essa é a Austrália, uma mistura de gente de todos os cantos, ainda construindo sua identidade, ainda sem grandes traços culturais, sem comida típida, sem cara. Por outro lado, ainda com muita qualidade de vida, ainda com segurança, ainda com muitas belezas naturais intactas e muitas coisas a serem descobertas e exploradas.
Agora eles perguntam aos aspirantes e e se perguntam: porque você é interessante para mim? Os qualificados e que se encaixam na imensa a lista de profissões em demanda, como engenharia, arquitetura, odontologia, fisioterapia, medicina, dentre outras, têm prioridade e ainda são bem vindos. Mas os outros, que querem apenas uma nova chance, esses têm que esperar.
Um outro ponto que tem forçado o governo a rever a política de concessão de visto permanente e de cidadão a torto e a direita é a objeção do australiano a isso tudo. Sentimentos de nativos contra imigrantes que hoje são fortes nos Estados Unidos e França, por exemplo, ainda são tímidos aqui, mas começam a surgir. Recentemente vi um adesivo num carro: “Fuck off, we are full!”, eles começam a demonstrar, mesmo que ainda timidamente, insatisfação com essa vinda indiscrimidada de gente de todos os cantos. O que fortalece isso é o fato de que muitos vistos de cidadania estavam sendo concedidos a pessoas que sequer falam inglês. Se, inicialmente os australianos mostravam-se condecesdentes e receptivos, a coisa tente a mudar. Ainda são receptivos e hospitaleiros, pois sabem da necessidade do país, mas….são muitas diferenças culturais, religiosas, políticas e de crenças convivendo juntas. Se continuar a dar certo é uma maravilha!
Outro ponto interessante é o sentimento dos filhos desses imigrantes com relação à Australia. Pablo, filho da pernambucana Marta Costa, que mora aqui há nove anos, nasceu no Brasil, mas chegou à Austrália ainda bebê, é cidadão australiano, fala português com sotaque de gringo. Entretanto, chamá-lo de australiano é uma ofensa. “Sou brasileiro”, essa é a resposta afiada! “Não sou desse país”. Este é um sentimento comum entre as crianças e jovens que chegaram aqui pequenas ou nasceram aqui, mas têm suas referências ligadas a outros países. O libanês Maher Rohanna, gerente de uma pizzeria, tem sete filhos, todos nascidos na Austrália. Mas, nenhum deles considera-se australiano. Todos apresentam-se como libaneses, e só. Como se estivessem aqui apenas de passagem. Essa é a Austrália, uma mistura de gente de todos os cantos, ainda construindo sua identidade, ainda sem grandes traços culturais, sem comida típida, sem cara. Por outro lado, ainda com muita qualidade de vida, ainda com segurança, ainda com muitas belezas naturais intactas e muitas coisas a serem descobertas e exploradas.
Um comentário:
legal. Excelente retrato falado.
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