segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Vá apurrinhar outro!

Ontem, estava eu alegre e contente passeando pela calçada, empurrado minha possante bicicleta(quer dizer de dona Nadja, que a minha já vendi)...e isso tudo num passo de tartaruga porque tinha um casal de velhos apreciando a paisagem e andando na minha frente. Chega um bêbado no pé do meu ouvido e grita a plenos pulmões: Porque você não vai pra pista?
Eu, retada e com o grito ainda ecoando na minha cabeça, grito de volta: E porque não vai você pra pista? Mas ande bem no meio, que a chance de ser atropelado é maior!
Mas que saco!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Lugar quente dos infernos!

Só pra confirmar e dar elementos aos que dizem que as pessoas gostam mesmo é de reclamar, cá estou eu! Mais uma vez, reclamarei. O inverno aqui é um frio horroroso, mata qualquer nordestino de frio ou de mau-humor. E esse ano essa peste desse frio se esticou e ficou por aqui até outro dia, no período do Natal ainda estava um via e vem a temperatura. E eu achando um porre, doida pro verão chegar. Ai vem o ano novo, chega janeiro, e traz o VERÃO! E esse, não sei se porque foi vetado pelo frio e chegou atrasado, já apareceu virado nos 1500 (leia-se miliquinhentos), mostrando quem manda! Resultado, tá um calor dos infernos! 40 graus na sombra, e como aqui é seco, me sinto num forno de padaria! E o povo local, branco feito papel? Andam na rua com cara de choro e sofrimento, as buchechas rosadas ou bem vermelhas, e eu rindo, claro! As crianças, todas de chapeu, oculos de sol e com queimaduras. Isso dá dó.
O verão tem dias de 45 graus. Não dá para fazer nada. E eu não caibo na geladeira! Ano passado vivi o diamais quente da história local, 47 graus! Nossa, só de lembrar da calor! Cruzes!!!! Agora relcamo do calor, o que não posso é ficar se reclamar...

sábado, 10 de janeiro de 2009

O pedaço da Bahia do lado de cá!

No meio dos milhares de brasileiros que conheci aqui, um mar de paulistas com cariocas, brasilienses, mineiros e gaúchos, estavam poucos baianos. Poucos, mas todos muito especiais. Todos que eu citar adiante são da Boa Terra. Pra começar vim com Débora, que já voltou. Dois meses depois chegou meu carrapato Nadja, amiga há mais de 12 anos (essa não volta tão cedo). E aqui encontramos Christian e Michele, que também já foram embora. Conhecemos os amigos deles, Flávio e Patrícia, que moram aqui tem mais de 3 anos e também fincaram a raiz. Na escola conheci Tiaguinho (que também já vazou) e Farofa, que mudou-se para GoldCoast em busca de ondas melhores. Esses dois andavam pela escola com a camisa do Bahia. E Juliana, que quer ficar a qualquer custo.
Depois conheci Tiago, Eduardo, Adriana e Ana Paula, a última minha flatmate. Todos muito especiais. Não sei porque cargas d´agua tornamo-nos bons amigos. Amizade que carrego comigo nesta volta. Deve ser alguma afinidade de santo mas, diferentemente dos amigos de outros cantos, e não sei porque, a sintonia foi outra com essa leva, desde o começo. Que bom!
O engraçado era ver os nossos carros, quem tinha carro tinha a fitinha do Bomfim no espelho interno. Segura a onda aí!
E agora estamos todos batendo em retirada. Carnaval mandou chamar! Quem ainda não foi, está de malas prontas, meu caso...e o adeus é na verdade um até breve: te vejo na Bahia.

Lichtenstein

Entre os muitos amigos e pessoas que conheci aqui nesta ilha gigante, uma foi Manuella, de Lichtenstein. É um país minusculo na Europa, bemmmmm menor que a Suíça, com quem faz fronteira, além da Áustria e não sei o que mais. O país tem um total de 34 mil habitantes. Quando minha coleguinha me disse isso tive que rir, e dizer pra ela que minha família tem mais gente. E que isso não enche estádio nem de time de segunda divisão no Brasil. Poderia perder a amiga, mas não minhas piadas.
Os residentes compram pão na Austria, por ser mais barato. Assim como os austríacos vão até lá comprar cigarro, mais barato por cobrarem menos imposto.
Não surpreendente é o fato de Manu ser a única pessoa de Lichtenstein que eu conheci até hoje. Por isso concluí que com essa imensa população, o pessoal de lá não pode migrar a torto e a direita como fazem os brasileiros. Tem que se cadastrar e pedir pra ir ali e dizer quando volta, nada bagunçado. Ou o país estaria mais vazio do que já é! E ainda dizemos que Salvador é um ovo...

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Mergulho!

Hoje fui dar o mergulho de Ano Novo, lavar a alma e tirar a urucubaca. Como de costume, por estar na Austrália, dou meus mergulhos "a la Amaral", com um olho na missa e outro no padre. Os amigos sharks podem estar em qualquer lugar, mesmo que a agua não passe da linha do umbigo. E olhe que a linha do meu umbigo e a areia estão bem próximas, com essa altura toda que Deus me deu!
Ao voltar pra casa, alegre e ainda com minhas duas perninhas, abro o jornal local e vejo como uma das matérias de capa que 2 tubarões foram vistos na área da praia onde eu estava. Tubarão branco, entre 4 e 5 metros! Apenas saracuteando pelos arredores. E eles foram mais dois, que somados aos outros dois que foram vistos em outra região, resultam em quatro bichinhos por aqui! E um outro, o quinto dessa galerinha, matou um senhor semana passada! Como diz minha avó Gastura: Misericórdia!

Festejos de fim de ano

Nada se compara às nossas tradicões, nossos costumes e modos de celebrar e viver as coisas. Não me refiro ao jeito brasileiro de comemorar, que é, de fato, único. Refiro-me a um sentimento que é é universal. Todos, quando longe de casa, buscam nas festas que são celebradas praticamente no mundo todo, as referências que trazem consigo e que lhes permite associar a festa ao que de fato está sendo celebrado. Querem sentir-se no seu habitat natural, fazerem, viverem e terem o que têm e tiveram a vida toda, o que lhes faz identificar isso como isso, e aquilo com aquilo. Mas, uma vez longe, é dificil demais.
As festas de fim de ano permitem enxergar claramente isso aqui na Austrália! O país é cosmopolita, e não tem como agradar a todos, claro. Os europeus estavam reclamando que isso não é Natal, que Natal é frio congelante, neve. Reclamavam, cadê a neve?
Os sulamericanos reclamam que australiano não sabe festejar, que é tudo um tédio, que o povo é muito frio, sem graça. Nosso sangue latino clama por algo mais caliente nas relações interpessoais, e eles não entendem, e não estão aptos a viver ou oferecer isso. Uma pena.
Meus amigos fizeram um Natal à Brasileira, muitos brasileiros reuniram-se para uma Ceia, Papai Noel, música, cerveja e barulho, muito barulho! Como eles já estavam no quinto sono enquanto o povo celebrava o Natal, o fim não poderia ser outro: Polícia para reclamar do barulho, para mim, zuada! Nem os argumentos que de era Natal foram fortes o suficiente para fazerem os policiais voltarem atrás e relevarem o volume da festa! Reduzem isso. Está tendo briga ai? Que gritaria é essa? É assim que conversamos, falamos entre a gente! Sério? Como pode isso? Não é briga? Nossa, isso é assustador. Não, isso é o povo brasileiro.
Aqui eles festejam o Natal apenas no dia 25, com um almoço! Como assim Natal de dia? Não enxergam que isso não faz sentido? Pra eles faz, e apenas assim. Além do dia 25, tem feriado também no dia 26, creio eu para descansarem do tedioso Natal deles! Ou para os que têm vizinhos brasileiros poderem repousar e recuperar a noite mal dormida.
Reveillon? Outra maresia. Brasileiro busca fogos, abraços, barulho, banda, BRANCO!! Nada! Nada de fogos, e nada de branco. Usam preto, colorido, qualquer coisa. Cruzes! E nada de abraços de Feliz Ano Novo, com votos de muitas conquistas, realizações, saúde e paz. Que coisa! De novo buscamos o que nos permite identificar que é uma festa de ano novo. Não achamos, fizemos a nossa, todos fizeram. Cada um ao se estilo. Ou não poderíamos associar que foi reveillon, e eu não processaria que chegou um Novo Ano!
Mesmo que apenas para mudar o calendário, e vender agendas. Mesmo sendo invenção humana, acho ótimo! Renovo minhas energias, forças, esperanças, crenças, crio metas, perspectivas, planos, objetivos. E desejo isso e muito mais a todos. Além de saúde e paz, claro! É Ano Novo!